Sigo perscrutando o espaço
em que seja doce o alimento
e sincero o calor do abraço,
sem zelo, sem medo: sedento.
Não há regras para o amor,
nem coragem sem destemor.
E a dor que surge e entristece
ensina o que a vida tece
sob os desígnios das paixões.
Ah! O vil desejo das ilusões
de ser feliz a qualquer preço
trás o fim sem um começo,
sob descontroles e compulsões.
Jamais ignorar a poesia
que sendo a voz da maestria
rege o silêncio dos corações.
Melhor do que o fácil dizer,
ou interpretar sem sequer ler,
é bem pensar e livre sentir.
Escutar, crer e repartir,
imune ao torpe preconceito.
Respirar e pulsar no peito
o sentido de apenas ser!
R. Dantas
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