TURISCULT – A CULTURA POPULAR DO SERTÃO
Imperativa é a necessidade de não apenas se
debruçar, cotidianamente, sobre os estudos atinentes às mais diversas
expressividades e manifestações da cultura, mas, sobretudo, vivenciá-los nos espaços
que a sociedade oferta.
Ensinando e apreendendo conhecimentos,
interagindo com novas pessoas, enfim vivendo-se num ambiente universitário, numa livre e democrática instituição
universitária – ressalte-se, reconhecida “Casa dos Saberes”-, justifica-se a
importância de se refletir, discutir, conhecer, interpretar e, logicamente,
vivenciar a cultura em seu seio, portanto no dia a dia em que se movem os seus
protagonistas: professores, estudantes, funcionários, visitantes. Universidade que, como o próprio
nome claramente já sinaliza, também abraça e produz essa rica diversidade
cultural. Compreender, sobretudo, que quando responsavelmente se propõe, sem
preconceitos ou escudos, estudos e ações concretas que dêem vida a temas de tal
natureza e complexidade está se trabalhando, sob o primado da ética, com
identidades!
Some-se a tais fundamentos inegavelmente
significativos o fato de ser a Bahia o estado brasileiro em que aquela rica
diversidade se expõe e se traduz à flor da pele, dadivosamente amalgamada pelas
mais belas, díspares e intrigantes manifestações culturais que pululam pelos
seus vastos rincões. Não há dúvida que estas urgentemente prescindem da
abertura de canais que propiciem o seu conhecimento, que ensejem as devidas
reflexões sobre a sua justa visibilidade entre os jovens estudantes,
especialmente porque, hoje mais do que no passado, se debatem com a
indiferença, a ganância, a ignorância e o desrespeito de boa parte dos
representantes das agências e empresas financiadoras constituintes do denominado
“setor privado”, que apenas visam o lucro fácil e descompromissado, os quais,
quase sempre, se ancoram na omissão, conivência e, mesmo, na similitude de
mesquinhos interesses, das autoridades públicas constituídas.
Há, hoje, uma
deletéria tentativa de se homogeneizar a cultura, massificando-se apenas alguns
poucos e questionáveis estilos e expressões culturais como se fossem os únicos
existentes, ou passíveis de apoio ou, o que é ainda pior, de serem plenamente
reconhecidos. Míopes visões! Pobres encaminhamentos! Tristes e danosas
conseqüências!
E no seio desta aqui pensada livre e democrática universidade pública,
portanto desta nossa querida UNEB
de rica e provocativa multicampia, atuando igualmente com inteligência e
sensibilidade, vêm, através dessa breve proposta, os estudantes e professores
vinculados ao seu Curso de Turismo e
Hotelaria propor o debate, a dramatização, a poesia, a música, enfim o
conhecimento e a vivência cultural de algumas das muitas expressividades da
nossa cultura popular – nesta primeira eventualidade, as do nosso sertão -,
envidando o seu reconhecimento e sua carente visibilidade, disponibilizando,
desse modo, um valioso espaço para que iniciativas dessa natureza permaneçam,
inclusive, no calendário oficial universitário, a cada ano sendo renovado,
acolhendo as demais linguagens culturais de raízes eminentemente populares,
então espalhadas pela imensidão territorial da Bahia.
Prof. Roberto Dantas (DCH I – UNEB / História).
O EVENTO – PROGRAMAÇÃO
DATA: 07/11/2014 (sexta)
LOCAL: “Bolo de Noiva” (Defronte ao Prédio
das Pós-Graduações)
14:00H – Exposição c/ debate
Tema: “Turismo Cultural; a cultura popular do sertão”
Expositores: Diego Abreu e Manuela Messias
.Turismo Cultural no Sertão de Canudos
Comentários: Profa. Natália Coimbra
Expositor: Maviael Melo
.A cultura popular do sertão
Comentários: Prof.
Roberto Dantas
16:00H – Apresentação de Pôsteres
(Estudantes de Turismo da UNEB)
16:40H - Peça Teatral (Estudantes de
Turismo da UNEB)
17:30H – Recital de Cordel e Poesia
Popular (Estudantes do DCH I - UNEB)
18:30H – Show de Forró (Rennan Mendes /
Uauá – BA).
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