Sair das teias revigorado,
desatar os nós corrompidos.
Sem receios dos tempos idos
apartar o ódio do carinho.
Ser da luz o abençoado.
Para todo passo dado
um novo e livre caminho.
Do mal gratuito desmembrado,
sorver o calor dos abraços.
Sem perder linhas e traços
edificar o seu terno ninho.
Ser da lua o namorado.
Para todo o passo dado
um novo e livre caminho.
À raiz manter-se atado,
preservar frutos e flores.
Sem medos dos dissabores
podar do caule o espinho.
Ser um tronco bem fincado.
Para todo o passo dado
um novo e livre caminho.
Dos olhos nus o contemplado,
cambiar sabores e sorrisos.
Sem regras e sem avisos
dar o beijo e beber do vinho.
Ser o sonho bem sonhado.
Para todo o passo dado
Um novo e livre caminho.
Nas águas ter navegado,
cachoeiras, lagos e rios.
Sem temer aos desvarios
purgar o caldo do moinho.
Ser um ente antenado.
Para todo o passo dado
Um novo e livre caminho.
R.Dantas
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