Mirei o vôo errante da gaivota.
A trilha o meu instinto conduzirá.
Sem açoites, o vento me apontará
o rumo desconhecido dessa rota.
Não há pressa e não há desatino!
Mas um sonho, lívido, me guiará.
Alimento meu espírito de menino!
Carência de bem sentir este chão.
De desnudar os pés sobre a terra.
Feito uma rés que solitária erra
sem atinar qual será a direção.
Não há medo e não há correria!
Mas a visão de uma bela serra.
Trilhar já me é boa serventia!
Sigo na contramão do estipulado.
Desregramento da convenção social.
Para muito além do que seja trivial
farejar a natureza do outro lado.
Não há ódio e não há destemperanças!
Mas o desejo do que seja natural.
Sem receios, acolher as esperanças!
Passos, assim, prenhes de desafios.
Trilhas sem tantas regras a perseguir.
Jamais abrir mão desse ir e vir
garimpando pelas margens dos rios.
Não há dúvidas e não há ditames!
Mas o anseio de decidido partir.
Pular cercas sem temer aos arames!
R.Dantas
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