terça-feira, 18 de novembro de 2014

POEMA ATALHOS DO TEMPO













Nesses atalhos de alecrins,
morada dos silentes querubins,
descansei o meu corpo sedento.
Inefável é o doce aroma
que me prende nessa redoma
purificando todo o tempo.

Ínvios caminhos do sertão,
que trago na palma da mão,
são as veredas da felicidade.
Lajedos, córregos, serras, capim,
paragens que dentro de mim
subvertem a vil realidade.

Maria Preta, Uauá, Caratacá,
Vaza Barris, Rio das Pedras, Quitá,
João Batista, Abade e Conselheiro.
Lugares e gentes que agora vejo,
rasgos de luz, raros lampejos,
fustigando ao coração catingueiro.

Roberto Dantas

Nov / 2014.




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