domingo, 9 de novembro de 2014

O TURISCULT QUE FOI POSSÍVEL




É com grande lamento que vimos manifestar as nossas frustrações e questionamentos a quem de direito -  mais especialmente, aos organismos das diversas esferas gestoras desta nossa UNEB -, em razão, portanto, da inviabilidade de se realizar um evento de caráter eminentemente acadêmico-cultural, o qual, necessário é dizer, além de ter sido idealizado por professores e estudantes e voltado democraticamente para toda a comunidade unebiana, foi devidamente planejado e, com considerável antecedência, apresentado aos já mencionados setores constituintes da administração desta universidade.

Apenas para pontuar o que acima foi dito e expressar o nosso grande lamento, esclarecemos que a proposta do evento “TURISCULT: a cultura popular do sertão” atendeu aos ditos pré-requisitos acadêmicos administrativos e que sempre são “convencionados” como politicamente corretos, ou seja: a proposta foi em tempo hábil – FINAL DE MAIO DO CORRENTE ANO! - apresentada e aprovada em reunião do Colegiado de Turismo e Hotelaria, ao qual estão vinculados os seus idealizadores; apresentada à Direção deste DCH I; aprovada no Conselho Departamental e, atendendo solicitação posterior, também inscrita no NUPE e catalogada no SIP. Portanto, um evento – forçoso mesmo ressaltar! - adequadamente oficializado e fiel aos prazos estipulados pelas instâncias universitárias!


Apesar desses cuidados, o que para nós ficaram patentes, configurando-se como inadequadas condutas e injustificáveis respostas, foram a indisponibilidade, a irresponsabilidade, às vezes mesmo a má vontade e, sobretudo, a incompetência para atendimento de um simples pleito acadêmico, sobretudo quando concebemos que a universidade enquanto casa soberana e plural dos saberes – como, aliás, o nome já claramente expressa: UNIVERSIDADE -, pode e deve acolher a cultura no seu laborioso cotidiano, não se resumindo as suas atividades, como ainda muitos profissionais medíocres pensam e tentam impor, à sala de aula! É na universidade, na qual há o chamado tripé acadêmico conformado pelas ações de ensino, pesquisa e extensão, que se dá, inclusive, o saudável e produtivo encontro das culturas, vale dizer das identidades e, justamente a partir de abordagens críticas e responsáveis, é que aprendemos a respeitar, com dignidade, as diferenças!




Assim nos manifestamos e, com firmeza, marcamos nossa posição para que outros propositores, nos seus legítimos desejos de produzirem iniciativas de igual significância, estejam “vacinados” para o enfrentamento de barreiras inaceitáveis e possam, com melhor sorte, realizar os seus projetos.  As desculpas historicamente propaladas pelos gestores para o não atendimento dos nossos pleitos sempre se fundaram e ainda se escondem nas ditas “amarras da burocracia”. Entretanto, justamente para fugir ou se prevenir destas tão questionáveis ilações, tudo fizemos com considerável tempo para as possíveis resoluções e acatamos a todas as exigências acadêmicas! Portanto, há algo a mais a ser decifrado e corrigido nesse ambiente de inadimplências e incertezas!

Ao mesmo tempo, torna-se necessário destacar a fidalguia e o interesse com que o Senhor Diretor do DCH I acolheu à proposta e a todos nós, seus idealizadores, sempre quando procurado. Mas não foi suficiente.

Muito danosas são as conseqüências quando, por razões e entraves descartáveis, se frustra uma proposta cultural dessa natureza, que objetivava congregar os corpos universitários – professores, estudantes e funcionários -, pois que tanto desestimula àqueles que, com criatividade e dedicação, buscam realizar seus intentos, quanto aos que obteriam novos e relevantes conhecimentos, obviamente fundamentais para a caminhada universitária. Hoje, aqui, intentava-se, dentre outras ações benéficas, a uma melhor e mais justa visibilidade das expressividades da cultura popular do nosso sertão. Entretanto, mais uma vez, foi abortado um canal propício e imperativo para o livre exercício de tal iniciativa!





Por fim, sensibilizados, agradecemos a todos os que colaboraram e, sobretudo, se irmanaram com a nossa ideia. Agradecemos ao Colegiado de Turismo e Hotelaria, à sua coordenadora e à sua secretária, e aos estudantes protagonistas do TURISCULT, ao tempo em que salientamos que o silêncio ou a conivência não poderiam fazer e jamais farão parte das nossas condutas.


EQUIPE TURISCULT.
Novembro de 2014.




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