É com grande lamento
que vimos manifestar as nossas frustrações e questionamentos a quem de direito
- mais especialmente, aos organismos das diversas esferas
gestoras desta nossa UNEB -, em razão, portanto, da inviabilidade de se
realizar um evento de caráter eminentemente acadêmico-cultural, o qual,
necessário é dizer, além de ter sido idealizado por professores e estudantes e
voltado democraticamente para toda a comunidade unebiana, foi devidamente
planejado e, com considerável antecedência, apresentado aos já mencionados
setores constituintes da administração desta universidade.
Apenas para pontuar
o que acima foi dito e expressar o nosso grande lamento, esclarecemos que a
proposta do evento “TURISCULT: a cultura
popular do sertão” atendeu aos ditos pré-requisitos acadêmicos
administrativos e que sempre são “convencionados” como politicamente corretos,
ou seja: a proposta foi em tempo hábil – FINAL DE MAIO DO CORRENTE ANO! - apresentada
e aprovada em reunião do Colegiado de Turismo e Hotelaria, ao qual estão
vinculados os seus idealizadores; apresentada à Direção deste DCH I; aprovada
no Conselho Departamental e, atendendo solicitação posterior, também inscrita
no NUPE e catalogada no SIP. Portanto, um evento – forçoso mesmo ressaltar! - adequadamente
oficializado e fiel aos prazos estipulados pelas instâncias universitárias!
Apesar desses
cuidados, o que para nós ficaram patentes, configurando-se como inadequadas
condutas e injustificáveis respostas, foram a indisponibilidade, a
irresponsabilidade, às vezes mesmo a má vontade e, sobretudo, a incompetência
para atendimento de um simples pleito acadêmico, sobretudo quando concebemos
que a universidade enquanto casa soberana e plural dos saberes – como, aliás, o
nome já claramente expressa: UNIVERSIDADE
-, pode e deve acolher a cultura no seu laborioso cotidiano, não se resumindo
as suas atividades, como ainda muitos profissionais medíocres pensam e tentam
impor, à sala de aula! É na universidade, na qual há o chamado tripé acadêmico conformado
pelas ações de ensino, pesquisa e extensão, que se dá, inclusive, o saudável e
produtivo encontro das culturas, vale dizer das identidades e, justamente a
partir de abordagens críticas e responsáveis, é que aprendemos a respeitar, com
dignidade, as diferenças!
Assim nos
manifestamos e, com firmeza, marcamos nossa posição para que outros
propositores, nos seus legítimos desejos de produzirem iniciativas de igual
significância, estejam “vacinados” para o enfrentamento de barreiras inaceitáveis
e possam, com melhor sorte, realizar os seus projetos. As desculpas historicamente propaladas pelos
gestores para o não atendimento dos nossos pleitos sempre se fundaram e ainda
se escondem nas ditas “amarras da burocracia”. Entretanto, justamente para
fugir ou se prevenir destas tão questionáveis ilações, tudo fizemos com
considerável tempo para as possíveis resoluções e acatamos a todas as
exigências acadêmicas! Portanto, há algo a mais a ser decifrado e corrigido nesse
ambiente de inadimplências e incertezas!
Ao mesmo tempo, torna-se
necessário destacar a fidalguia e o interesse com que o Senhor Diretor do DCH I
acolheu à proposta e a todos nós, seus idealizadores, sempre quando procurado.
Mas não foi suficiente.
Muito danosas são as
conseqüências quando, por razões e entraves descartáveis, se frustra uma
proposta cultural dessa natureza, que objetivava congregar os corpos
universitários – professores, estudantes e funcionários -, pois que tanto
desestimula àqueles que, com criatividade e dedicação, buscam realizar seus
intentos, quanto aos que obteriam novos e relevantes conhecimentos, obviamente
fundamentais para a caminhada universitária. Hoje, aqui, intentava-se, dentre
outras ações benéficas, a uma melhor e mais justa visibilidade das expressividades
da cultura popular do nosso sertão. Entretanto, mais uma vez, foi abortado um
canal propício e imperativo para o livre exercício de tal iniciativa!
Por fim, sensibilizados,
agradecemos a todos os que colaboraram e, sobretudo, se irmanaram com a nossa ideia.
Agradecemos ao Colegiado de Turismo e Hotelaria, à sua coordenadora e à sua
secretária, e aos estudantes protagonistas do TURISCULT, ao tempo em que
salientamos que o silêncio ou a conivência não poderiam fazer e jamais farão parte
das nossas condutas.
EQUIPE TURISCULT.
Novembro de 2014.