sábado, 13 de outubro de 2018

QUERIDOS AMIGOS


O momento, dadas as lamentáveis exacerbações, requer de todos nós serenidade, inteligência e, em especial, responsabilidade, pois que, a partir do nosso soberano ato de votar, seremos todos partícipes - ativos ou passivos, protagonistas ou coadjuvantes – do projeto resultante então sufragado nas urnas. Não há como fugir desse envolvimento! Necessário refletir e apartar a insânia dos caminhos! 

Há, de fato, um considerável descontentamento conduzindo as atitudes de boa parte dos eleitores brasileiros, razão, dentre tantos fatores, das inúmeras improbidades político-administrativas propugnadas pelos representantes dos últimos governos, ainda que estes representassem partidos concorrentes, não compartilhassem das mesmas ideologias ou destoassem em suas práticas políticas. Há traumas e desencantos que, lamentável e perigosamente, têm oportunizado as condutas extremistas, não raro cegando àqueles que, sem o zelo necessário e as ponderações cabíveis, perdem-se, agora,  em querelas irreconciliáveis. Ainda que, sob um sistema democrático, deva se respeitar aos pensamentos e opções de cada qual, imperativo será sempre o livre e transparente diálogo, portanto o exercício da escuta, o qual deva se dar sob a égide da paz e até do humilde aprendizado. Afinal, oponente, em política, não deve necessariamente significar inimigo!

Assim, hoje mais do que nunca, consideradas as graves circunstâncias, há de se proceder a uma boa escolha, a uma opção política que permita, sobretudo, uma mínima governabilidade; que viabilize, sem desvios ou rupturas, a continuidade do Estado Democrático de Direito. Escolha, portanto, balizada em possíveis governanças e pactos democráticos para muito além dos insuflados egos e dos vis individualismos, afastando-se a terrível probabilidade de um “terceiro turno”!

R.Dantas
Out. 2018

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